Ameixa, outra vez


Eu não sei bem como começar a desenrolar este pergaminho esquecido e desarrumado, que vem pesando, há algum tempo, logo depois daquele dia que eu disse coisas que não deveria, porque eu não tinha certeza, mas elas agora, estão certas, para mim. A lentidão de ter percebido isso agora, talvez me leve ao nada, e a solidão vai me pegar de surpresa na outra esquina, e mais uma entre muitas vezes, voltarei a ter raiva do amor, já que você não quer mais me ter, como amor.

Acho que eu poderia até jurar que meu coraçãozinho de margarida branca, nunca foi de outra pessoa, mesmo que o tenha mencionado, quando pensava em um outro alguém com segundas intenções, mas você deve ter sido sempre a minha primeira intenção, mesmo que de uma forma acanhada nos meus pensamentos. Você deve ter sido a minha primeira. A primeira das frutas, que por um sem-motivo-qualquer resolveu me chamar de fruta, enquanto a fruta na verdade, era você. Um rosto rosado e tímido, de ameixa rosada, e tímida.
É inaceitável, que quase no fim do que eu era para você, eu ver que você não virou nada, sempre foi desse seu jeito, para mim. Contudo, o que eu mais andarei sonhando, é que surja um pontinho daquela ameixa, me aceitando de volta. Pode ser assim ? Pode ser que você ainda sonhe com os olhos castanhos invadindo sua janela, quando você pensa ter esquecido deles, para sempre ?
Era bom ouvir você dizendo que queria ficar, ver você rabiscando suas fantasias, jovens demais para a sua idade.


Não sei explicar o conforto, mas é como se um abraço seu, fosse cama quente e macia, numa tarde fria depois da praia.
A melhor coisa do mundo, é não ter medo de escancarar o amor na sua cara. Ele é
todo meu. mas eu te dou, se você quiser.

Posted by Menina Radiguet Drubi | às 10/02/2010 10:19:00 PM

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