Rasga


Olhos manchados, verdes. Magníficos, vulcânicos. Amo: segredo. Destruo quem sente o mesmo por você, e mesmo que eu não quisesse causar tanto, agora quem te ama, me odeia. Odeia, poderia até me matar, e deixaria de comer para ficar chorando.
   Perdoe-me pelos abraços, pelas flores, pelo bilhete, pelas balas de canela, pelos cravos, e pelo pássaro de papel. Foi tudo feito desde o início, já querendo te distrair. Atrair, para mim.
   Menti quando não disse nada, enquanto você questionava o meu coração volúvel e o tempo que ele te faria durar dentro de mim. Horas quase nada, outras horas, sempre, cada segundo. Somos incertos, e competimos a incerteza de cada um, eu e o coração. Só por favor não fique triste se ele te fizer durar pouco, eu nunca tenho a culpa. Sou alheia e ele nunca pede a minha opinião, me rasga e rasga os bons, às vezes os melhores outros corações que se arriscam por aí, atirando-se do viaduto.

Posted by Menina Radiguet Drubi | às 4/24/2011 05:48:00 PM

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