Tão errado.
Nem que me chame de louca, que tenha medo de mim, e que diga catorze mil nãos, eu vou deixar de insistir em assistir ao silêncio de te ver dormir.
Me sinto tão sem medos como um bêbado assumido e consumido, ainda que amanhã precise de uma coragem independente, para te ver pelos olhos, e trocá-los pelos meus, até que enfim eu esqueça a diferença de estar em você, e estar em mim, com você.
Eu sei, olho rápido e apressado para as palavras.
O que eu posso fazer ou desfazer, se isso parece melodia? É tão normal, e tão esperado fingir que está tudo bem. Eu já te disse que odeio quando está "tudo bem". Pra quê estar bem se pode estar errado, bagunçado, sujo e virado de ponta cebeça ? Não ganho nada com o contrário, só mais tempo livre para pensar no quanto tudo podia estar pior, estando assim, consideravelmente melhor para mim, e quem sabe até, para você. Não, não, não. Está tudo errado. Quem é mesmo que está aí desse outro lado que deveria estar aqui, e não lá ? Gostaria mesmo, de ter você de volta, ou de ida, nunca o tive aqui mesmo. A propósito, tenho medo de certos de tipos de multidões, de armas de fogo, e do vazio, mas não tenho medo de você, nem de viagens, nem de gostar.

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